Dicas e motivos para melhorar os freios da sua bicicleta
16 de dezembro de 2022
Entenda o funcionamento dos freios da sua bicicleta e aumente sua segurança em qualquer tipo de pedal
O princípio de funcionamento de qualquer freio de bicicleta é bem simples: gerar atrito entre duas superfícies para absorver a energia do movimento da bicicleta, reduzindo assim a velocidade da magrela.
Nas bikes equipadas com freios a disco, o atrito acontece entre a pastilha e o rotor do freio. Já nas com freios de aro, como as ferraduras e os v-brakes, o atrito acontece entre a sapata de freio e a pista lateral do aro.
A força que comprime um componente no outro vem da mão do ciclista, podendo chegar até o freio por meio de um cabo de aço ou de um sistema hidráulico.
Seja qual for o sistema que equipa sua bicicleta, todos os freios têm limites que, ao serem ultrapassados, comprometem o controle da bike e a segurança do piloto.
Com as dicas abaixo, você vai conhecer formas simples e eficientes de melhorar os freios da sua bicicleta, e de quebra aprender um pouco mais sobre como eles funcionam!
Freios a disco
Como dito acima, o freio a disco funciona ao pressionar as pastilhas contra o rotor, ou também conhecido por disco. Por isso, é possível melhorar o funcionamento do freio de três formas:
- 1 - Escolha a pastilha certa
As pastilhas de freio podem ser feitas de diferentes materiais, adequados para diferentes situações. Seja qual for o caso, opte sempre por pastilhas feitas por marcas reconhecidas, como a alemã Alligator, que possui modelos para os principais freios do mercado e tecnologias proprietárias, como as aletas de ventilação da linha Turbo.
Pastilhas orgânicas - Utilizam materiais como borracha, vidro e kevlar unidos por uma resina resistente ao calor. Elas são mais macias, silenciosas e gastam menos os discos, mas têm menor capacidade de lidar com altas temperaturas e desgastam-se mais rapidamente em condições de chuva e lama.
Estas pastilhas são indicadas para ciclistas iniciantes, ou para quem busca um sistema mais macio e silencioso, mas que não vá pedalar em condições de clima extremo.
Pastilhas semi-metálicas - Possuem entre 30% e 60% de metal em sua composição. Com isso, elas ganham mais resistência ao calor e, consequentemente, mais durabilidade. Estas pastilhas oferecem maior poder de frenagem, porém, podem ser mais barulhentas e o desgaste do disco tende a ser maior. Estas pastilhas são adequadas para quem busca mais desempenho, especialmente no mountain bike mais agressivo, ou em condições climáticas mais extremas.
A base da pastilha também importa – Além do composto que entra em contato com os rotores, as pastilhas contam com uma base metálica, que pode ser feita em aço ou alumínio. Além de até 40% mais leves, pastilhas com base em alumínio garantem uma melhor dissipação do calor gerado durante a frenagem, e que pode prejudicar o funcionamento de todo o sistema.
No caso dos freios a disco hidráulicos, a perda de rendimento costuma acontecer quando o fluido esquenta e muda sua viscosidade. Nestas situações, a força da sua mão se perde no meio do caminho, e as pastilhas não são comprimidas contra o disco com força o suficiente para frear a bike - quando isso acontece, o manete de freio pode ser facilmente apertado até encostar no guidão.
Tecnologias específicas para este propósito, como as pastilhas Turbo, da Alligator, ajudam a manter a temperatura do freio até 30% mais baixa, oferecendo maior poder de frenagem, por muito mais tempo, e ainda poupam todo o sistema, garantindo maior vida útil ao equipamento como um todo.
- 2 – O tamanho dos rotores
Os rotores dos freios podem e devem ser ajustados de acordo com o uso de cada ciclista.
Além de contar com maior superfície de contato com o ar, que ajuda a dissipar a temperatura do sistema, rotores maiores garantem uma maior alavanca, oferecendo um aumento significativo do poder de frenagem.
É muito comum encontrar bicicletas com os discos de freio “queimados”, ou azulados. Este é um sinal claro de que o sistema está subdimensionado e precisa de um rotor maior.
A maioria das bicicletas vem de fábrica com rotores de 160mm, muitas vezes exclusivos para pastilhas orgânicas (esta informação está gravada no próprio disco), e a troca por rotores de 180 ou 203mm, especialmente na roda dianteira, pode mudar totalmente a sua experiência sobre a bicicleta.
O modelo Crown, da Alligator, pesa apenas 108g na versão 180mm e é compatível com pastilhas de diferentes materiais, sendo assim uma ótima opção de upgrade.
- 3 – Cabos e conduítes
Nos sistemas mecânicos, vale a pena investir em cabos e conduítes de qualidade, como os da linha Alligator. Feitos com materiais de alta qualidade, eles sofrem menos deformações, que reduz muito precisão e potência do sistema, e deixa aquela sensação de freio borrachudo. Além disso, a presença de revestimentos anti-atrito faz com que os freios funcionem de forma suave, cansando menos as mãos e poupando a sua energia por mais tempo.
Freios de aro
Ferraduras, v-brakes e cantilevers ainda têm o seu lugar no mercado, estando presentes em muitas bikes de estrada ou mountain bikes mais antigas e simples.
- 1 - Utilize sapatas de qualidade
Seja qual for o sistema, a melhor maneira de melhorar o poder de frenagem de freios de aro é investir em sapatas de qualidade. Feitas com materiais de primeira linha, as sapatas da Alligator tem a estrutura feita com metais leves, com a superfície de borracha oferecendo alta durabilidade e atrito, mesmo em condições molhadas.
- 2 - Regulagem correta
Diferente dos freios a disco, que normalmente têm uma regulagem mais simples, muitos sistemas de aro dependem de uma regulagem precisa das sapatas para funcionarem corretamente.
Por isso, se não tiver conhecimento suficiente para fazer este tipo de ajuste, procure um mecânico de confiança.
A sugestão de cabos e conduítes de alta qualidade também se aplica para freios de aro, sendo um dos up-grades com mudança mais perceptível que você poderá fazer na sua bike.
Manutenção em dia
Uma dica fundamental é sempre ter o sistema de freio em dia, principalmente no que diz respeito à presença de bolhas de ar no sistema. O fluido não pode ser comprimido, mas as bolhas que podem se formar sim. Por isso, se seus manetes estiverem borrachudos, procure um mecânico e faça uma boa sangria no sistema.
Trocar o fluido de freio do sistema de tempos em tempos também é importante, principalmente se ele for DOT, já este tipo de fluido tem maior probabilidade de absorver a umidade do ar ao longo do tempo, o que acaba baixando seu ponto de ebulição e influenciando negativamente no funcionamento do sistema.
Para estes casos, a Alligator oferece produtos como o Auxiliar de Sangria Quick Bleed, que simplifica a tarefa de retirar o ar do sistema, e também ferramentas especiais para a instalação correta e sem vazamentos das olivas que vão no final das mangueiras hidráulicas - o fabricante alemão ainda possui um óleo mineral compatível com freios de diversas marcas do mercado, inclusive Shimano.
O cuidado com os cabos é muito importante, já que ele pode sofrer oxidação ou esmagamento que, com o tempo, pode fazer com que ele se parta, deixando a bike sem freios.
Por isso, independente do sistema, mantenha sempre a manutenção dos freios da bicicleta em dia e só use componentes de marcas reconhecidas.