Dia do mecânico: conheça histórias de profissionais apaixonados por bicicleta

20 de dezembro de 2021

Paixão pela bicicleta resume muito bem a relação de praticamente todas as pessoas que atuam com mecânica de bicicleta. Com extrema dedicação, esses profissionais são responsáveis pela montagem correta, pelos consertos e pelos ajustes que deixam a sua bike rodando macia e tornam sua experiência ainda mais divertida. E merecem todo o reconhecimento.

Aproveitando que em 20 de dezembro se comemora o Dia do Mecânico, aproveitamos para contar algumas histórias de pessoas que amam o que fazem e são referências no setor de mecânica de bikes. Confira a seguir!

A mecânica pra mim é contato humano, é promover autonomia

Com uma infância vivida praticamente sobre duas rodas, Giovanna Zanchetta sempre curtiu esportes e teve a bicicleta em sua vida. Quando foi para Santos-SP, encontrou uma cidade lotada de bikes por todos os lados e conquistou sua autonomia através do pedal urbano e encontrou na mecânica uma verdadeira paixão.

“Eu usei a bike para me apropriar daquele território. Só me fez amar ainda mais a bicicleta e, depois de formada, busquei na mecânica de bikes uma forma de trabalhar de forma autônoma. Foi amor à primeira vista, mas também sempre gostei dessa parte por influência do meu pai.

Eu sempre prezei pelo atendimento humanizado e senti essa falta de olho no olho durante muito tempo na minha vida. Hoje, percebo que essa atitude tem muito valor e impacto na vida de outras pessoas. Principalmente falando das mulheres, pois acredito que colaboro pra que elas não passem por situações pelas quais eu já passei.

A mecânica pra mim é contato humano, é compartilhar conhecimento, dar autonomia às pessoas. Mais do que isso, é conseguir fazer com que as pessoas entendam o tamanho e potência que a bike tem para o mundo!”.

Provei à minha família que mecânica de bike é coisa séria

Vice-campeão do Desafio Mecânico 2021, Ianatã Veiga da Silva, de Joinville-SC, é outro apaixonado pela bike. Desde pequeno ele pedala e com 15 anos praticava downhill sem saber muito o que era. E, como era uma modalidade que demandava um certo investimento, resolveu ir atrás do conhecimento para que ele pudesse se manter ativo, praticando aquilo que gostava.

Ianatã Veiga da Silva

“Meu amigo tinha uma loja e pedi uma força, uma oportunidade pra poder ajudá-lo na oficina, aprender sobre o funcionamento da bike. Esse foi o pontapé inicial e, hoje, eu respiro, acordo e durmo pensando na bike. Na oficina em que trabalho hoje, o dia a dia é uma terapia pra mim.

O tempo foi passando, fui me interessando cada vez mais, buscando cursos e hoje é a minha vida mesmo. Era da pista e fui para o outro lado. E, apesar de ainda não ser uma profissão tão valorizada, fiz questão de provar à minha família que esta é uma área de trabalho muito séria. Hoje é meu ganha pão e tenho muito orgulho disso.

Ter participado do Desafio Mecânico deste ano foi um desafio pessoal, de autoconhecimento, mas pelo fato que pude mostrar pra todo mundo a importância da mecânica de bikes. Pra mim é gratificante você ser confiado a cuidar de algo que tem um valor enorme pra alguém, como a bicicleta. É até difícil resumir em palavras a sensação de ver alguém feliz de ver a bike rodando bem de novo, de ter solucionado um problema.”

A mecânica de bicicletas é a minha vida, sou apaixonado pela minha profissão

Tudo o que você coloca amor, você recebe de volta. Para um dos principais mecânicos do país atualmente, o bicampeão do Desafio Mecânico Carlos Eduardo Taldeu, da CT Bike, essa é a receita mágica. Ele teve seu primeiro contato com loja de bikes há 15 anos, sempre pedalou, mas se fascinou mesmo foi pelo lado de lá do balcão da oficina.

Carlos Eduardo Taldeu

“Eu não falo que sou empresário, falo que sou mecânico de bicicletas com muito orgulho. A mecânica de bicicletas é minha vida, não tenho nem palavras pra descrever. Hoje gosto mais da mecânica, de cuidar da bike de alguém, do que pedalar. Se me chamarem pra trilha, eu prefiro fazer uma sangria no freio.

Encaro a bicicleta como uma vida, até porque tem uma vida em cima dela mesmo. Então, costumo falar que a vida é importante, por isso o conhecimento é necessário.  Acho que a gente não vende só um serviço, vende uma consultoria, uma informação que pode mudar a vida de outra pessoa, por isso acredito que nossa profissão deve ser mesmo mais valorizada. É um universo bem delicado e complexo, mas é prazeroso.

Eu gosto de ver algo que não funcionava, voltar a funcionar, ter esse contato com o consumidor, compartilhar. É basicamente a minha vida. Não encaro como um dever, a gente cansa, mas é um prazer. Eu amo a bicicleta e tudo o que está ligado a ela.”

A mecânica de bikes é meu trabalho e meu hobby: isso mudou minha vida

A paulista Ana Paula Vecchete sempre trabalhou com manutenção de bicicleta antes mesmo de pedalar. E foi atrás da capacitação em mecânica pela curiosidade, mas também pela falta de profissionais de qualidade, que lhe passassem confiança.

Ana Paula Vecchete

“Foi aí que me apaixonei e minha vida mudou. Hoje, a mecânica é meu trabalho, meu hobby. Meus amigos são ciclistas e eu amo mesmo o que faço. Sempre fui muito independente e busquei aprimorar cada vez mais meus conhecimentos. O curso foi importante pra me abrir a cabeça, evitar erros durante o processo. Mas é preciso estar em constante evolução, se atualizando para atender sempre da melhor forma.

Hoje eu saí da parte mecânica da oficina, mas esse conhecimento me dá muitos argumentos de venda na loja em que trabalho, a Pedal Urbano. O poder da informação é enorme e essa confiança que passamos aos ciclistas é muito legal. É gratificante poder compartilhar algo assim, é uma forma de valorizar a nossa profissão”

Precisamos valorizar cada pessoa envolvida nessa profissão e cada história! Fica aqui a homenagem da Isapa a todas as pessoas que atuam nesta área em todo o Brasil: parabéns pelo seu dia!