3 upgrades que melhoram a performance da sua mountain bike
31 de março de 2023
Confira as melhorias que mais fazem diferença no desempenho da sua bike
Se você já tem uma bike há algum tempo, certamente já passou pela sua cabeça fazer melhorias no equipamento. Até porque, com o desgaste natural dos componentes, muitas vezes a hora da substituição pode se transformar em uma oportunidade de dar aquele “up” que sua magrela tanto merece.
Mas, na hora de investir seu dinheiro, é preciso pensar com calma e optar pelo upgrade que mais fará diferença no seu desempenho, algo que fica mais fácil fazer com as dicas abaixo:
1 - Comece pelos pneus
Um dos primeiros itens que vão sofrer com o desgaste são os pneus. Felizmente, eles também fazem uma diferença enorme em como sua bicicleta vai se comportar. A bem da verdade, se os pneus da sua bike não forem legais, vale a pena guardar o jogo original para quando você for vender a bike e investir em um conjunto de bom desempenho o quanto antes.
Se você pedala com frequência, pelo menos duas vezes por semana, o ideal é aproveitar a substituição para fazer a conversão para tubeless, sistema que não utiliza câmara de ar e conta com um líquido selante, que veda pequenos furos automaticamente. Lembre-se que, para isso, é preciso usar rodas e pneus compatíveis com esta tecnologia.
Um bom pneu vai garantir mais velocidade, mais controle e até mais conforto se esse for o seu objetivo. Hoje, existe uma enorme variedade no mercado, sendo os modelos oferecidos pela Kenda conhecidos pelo ótimo custo-benefício. Modelos como o Booster, por exemplo, são ótimos para bikes de cross-country que serão usadas em diferentes condições de trilhas e estradas de terra.
Já o Saber, com cravos bem baixos, são extremamente rápidos em condições de estradão com terra batida. Pneus mais parrudos, como o Pinner e o Regolith são indicados para trail, enduro e até downhill, graças ao desenho mais agressivo da banda de rodagem e opções de construção mais resistentes a furos.
Aqui fica uma dica importante: Pneus super leves, com tecido fino e pouca ou nenhuma proteção, costumam ter uma rolagem mais veloz, mas os furos também acontecem com mais frequência, enquanto aqueles mais pesados e com mais proteção costumam “rolar” mais devagar.
O segredo de um bom pneu é o equilíbrio entre estas duas coisas, sempre levando em conta o terreno onde você pedala e o seu estilo de rolê. Hoje, existem tecnologias e materiais que aumentam a resistência contra furos, mantendo o baixo peso, como a carcaça SCT, opcional em diversos modelos para XC da Kenda, e a tecnologia ProWall, da Pirelli. Ambas adicionam algo em torno de 50 a 60g apenas, se compararmos com as versões mais leves de cada modelo.
2 - Aposte em um bom jogo de rodas
Depois dos pneus, as rodas são os componentes que mais fazem diferença no comportamento da bicicleta, principalmente se ela já for equipada com suspensões de qualidade razoável - falaremos mais sobre suspensões abaixo.
Para quem é do XC competitivo, o baixo peso nunca deixa de ser um ponto importante. Até porque, acelerar e desacelerar uma bike com rodas e pneus pesados é mais difícil, principalmente por se tratar de uma massa rotativa, o que aumenta bastante os efeitos da inércia.
Além disso, rodas e pneus leves permitem que a suspensão trabalhe melhor, já que elas fazem parte da massa não suspensa da bike. Rodas mais modernas, como a Reynolds TR 309/289 S XC, possuem aros mais largos, que suportam melhor o pneu e oferecem mais estabilidade nas curvas e trocas de direção. Mesmo sendo super robusta, com uso indicado até para trail e cross-country agressivo, este par de rodas pesa apenas 1.555g.
Se uma roda de carbono ainda não cabe no seu bolso, existem ótimas rodas de alumínio no mercado, em diferentes faixas de preço, cada uma com características específicas.
As rodas Sun Ringlé Duroc 30 Expert contam com aros de 26mm de largura interna super resistentes, 28 raios Wheelsmith em cada roda e cubos de alta precisão da própria marca. Estas rodas pesam cerca de 1760g o par e são conhecidas pela extrema robustez, algo muito importante se você pretende fazer trilhas mais técnicas ou competir em provas longas. Além disso, este modelo já vem acompanhado, na caixa, de tudo que você precisa para instalá-lo na sua bike, como fita, válvulas e líquido tubeless, além de duas opções de freehub, para cassetes Shimano Microspline ou SRAM XD, assim você não precisa comprar mais nada.
Já o modelo Absolute Wild Boost acabou de ser lançado, sendo o modelo para bikes boost mais acessível do mercado. Apesar de ter um preço extremamente competitivo, as rodas não deixam de lado características dos modelos mais modernos, como aros com 25mm de largura interna, cubo traseiro com 6 macaquinhos, compatibilidade com freehubs Shimano Microsplie e SRAM XD, e peso na casa dos 2100g.
3 - Nas trilhas, boas suspensões ajudam bastante
De nada adianta você ter bons pneus montados em rodas de alta tecnologia se o conjunto não estiver em contato com o chão: por isso, nas trilhas, um upgrade de suspensão pode mudar sua bicicleta da água para o isotônico.
Se sua bike for 29” e ainda utilizar blocagem de 9mm e caixa de direção reta, a SR Suntour Epixon AIR RLR 29 e a Manitou Markhor são, com certeza, excelentes opções de upgrade. Pesando pouco mais de 1.800g, ambas possuem mola pneumática (a ar) totalmente ajustável para ciclistas de todos os pesos e estilos de pilotagem, controle de retorno e trava remota no guidão, que melhora o rendimento nas subidas e sprints. Tratam-se do upgrade ideal para bikes que ainda são equipadas com suspensão com mola de aço, pois vai baixar o peso da dianteira da bicicleta em pelo menos 500g, além de melhorar o funcionamento e, consequentemente, o controle da bike.
Agora, se sua bike for super moderna e você está atrás do que existe de mais avançado no mercado, modelos como a SR Suntour Axon34 Werx, que pesa apenas 1.598g, podem ser a escolha ideal - se tiver dúvidas, pergunte para Tom Pidcock, atleta que utilizou este garfo quando levou o ouro nas olimpíadas de Tóquio em 2021.
A linha Axon ainda conta com mais duas opções de garfos para XC, uma com foco em baixo peso, com 100mm de curso e hastes de 32mm, e outra um pouco mais robusta, seguindo a tendência mundial, com 120mm de curso e hastes de 34mm.
Ambos os modelos utilizam molas pneumáticas e cartuchos hidráulicos. A versão de 120mm usa um cartucho hidráulico chamado RLRC-PCS com pistão flutuante, igual ao da Axon Werx, enquanto a Axon de 100mm aposta no sistema RLRC um pouco mais simples, mas ainda com trava remota e controle de compressão e retorno.
Além delas, a SR Suntour ainda possui uma gama enorme de suspensões e amortecedores traseiros, com modelos como a Zeron35 oferecendo opções para bikes de trail e enduro, com opções aro 27.5 com 150mm de curso e 29 com 140mm, sempre seguindo os padrões mais modernos do mercado e amplas possibilidades de ajuste simplificado.
Para quem é da tribo da gravidade, a SR Suntour ainda oferece as linhas Durolux 36 e Durolux 38. A Durolux 36 tem hastes de 36mm, curso variando entre 150, 160 e 170 mm. Trata-se de um garfo para trail e enduro de nível intermediário ou avançado. Já a Durolux 38 tem curso de 160, 170 ou 180 mm, sendo uma suspensão indicada para enduro competitivo ou freeride, e para atletas mais avançados.
Ambos utilizam a câmara de ar com tecnologia Equalizer da SR Suntour e sistema hidráulico PCS R2C2, que oferece ajustes de compressão de alta e baixa velocidades, e retorno de alta e baixa velocidades separados.
E agora que você já sabe por onde começar, qual será o próximo upgrade na magrela?