Upgrades e dicas para melhorar o seu rolê de enduro
28 de agosto de 2023

Do capacete a sapatilha, passando pelos pedais e equipamentos de proteção, a Isapa tem dicas e produtos que vão fazer a diferença no seu rolê de enduro
Seja naquela trilha “pra baixo” ou naquela jump-line com um flow espetacular, o rolê do enduro reúne o desenvolvimento das habilidades sobre a bicicleta com o espírito original mountain bike. Nunca é demais lembrar que estamos falando de um esporte que nasceu na Califórnia, nos Estados Unidos, na década de 1970 - com o que foi chamado de um bando de malucos descendo montanhas em alta velocidade com suas clunkers adaptadas, até os freios de contra-pedal literalmente derreterem.
Mas não deixe se enganar: por trás do comportamento aparentemente menos comprometido com a bike, o típico “endureiro” costuma levar a sério os atributos técnicos do equipamento que ele usa. Além disso, dedica um tempo considerável aprendendo a técnica correta para transpor cada um dos obstáculos que a trilha oferece - até porque, a segurança e a diversão no rolê dependem disso.
Por isso, se você já faz parte do mundo do enduro ou está pensando em entrar nele, confira as dicas abaixo e prepare-se para curtir os rolês mais divertidos e desafiadores da sua vida.
1 - Segurança é fundamental para sua evolução
Seja dando seus primeiros saltos ou encarando trilhas inclinadas e de alta velocidade, sentir-se seguro é fundamental para que você se solte, um dos maiores segredos para evoluir na bike. Até porque ficar “travado” em cima da bicicleta ou se desesperar é a maneira mais rápida de cometer um erro e levar um capote.

Por isso, usar um capacete full-face como o Bell Transfer e o Bell Super 3R MIPS, este último com queixeira removível, faz total sentido. Principalmente se você usar o equipamento juntamente com um par de goggles como o Giro Tempo, que tem excelente visão periférica e ótimo custo-benefício - com a cabeça e o rosto bem protegidos, fica bem mais fácil “se jogar” nos desafios.
Aproveite e confira dicas para escolher entre o full face ou o capacete aberto.
Outro detalhe que não pode faltar são as luvas fechadas. A Giro, por exemplo, oferece modelos como a Bravo, que tem um custo mais acessível e oferece ótima durabilidade e proteção, ou a Giro DND, que é super robusta e ainda tem compatibilidade com telas de toque.

Além destes equipamentos, o uso de joelheiras também é super recomendado, com as cotoveleiras também ocupando um espaço de destaque. Para trilhas com saltos e de alta velocidade, ou simplesmente para quem quer minimizar ao máximo as chances de se machucar, o uso de coletes também é bem-vindo.
2 - Faça pedais em diferentes trilhas
A capacidade de ler a trilha e reagir rapidamente é fundamental para o enduro. Nas competições da modalidade, inclusive, o tempo de reconhecimento é relativamente curto. A única maneira de desenvolver esta habilidade é encarar terrenos diferentes sempre que possível.

Felizmente para nós, o Brasil é um país que oferece uma enorme variedade de trilhas, indo das pedregosas pedaladas na Serra da Canastra, em Minas, até os rolês mais úmidos no sul do país, além dos inúmeros bike parks presentes de norte a sul do país - felizmente, acessórios como o Transbike Bikepad RSD estão ai levar sua bike, e a de 4 amigos, até a trilha.
3 - Pneus fazem toda a diferença do mundo
Nenhuma bicicleta vai andar bem com pneus ruins, principalmente quando o objetivo do rolê é testar os limites da sua habilidade e das capacidades do equipamento. Por isso, acertar na escolha dos pneus faz muita diferença no enduro.
Além disso, de nada adianta sua bike estar equipada com ótimos pneus para terrenos duros e compactos se você estiver pedalando em locais mais úmidos, e vice-versa. Se você tem dúvida, confira este texto com campeão brasileiro de downhill Wallace Miranda falando sobre a escolha do pneu ideal - no texto, ele explica mais detalhes sobre o Pinner Pro e o Hellkat Pro, pneus da Kenda indicados para acelerar nas descidas.
“Uma dica para sempre que for comprar um pneu é identificar o tipo de terreno que você vai andar. O Pinner, por exemplo, é indicado para uma região mais seca, com terrenos mais duros. Por quê? Porque tem uma boa rolagem, dura bastante e adere muito às curvas secas. Vai muito bem nesse tipo de terreno. Já quem mora em regiões mais úmidas, tipo o sul do Brasil, pode dar preferência para o Hellkat. Ele é mais indicado porque anda muito bem em situações adversas, inclusive as mais úmidas ou de terra mais solta”, explicou Wallace no material.

Além destes modelos, a Pirelli também tem ótimas opções de pneus para enduro. O Scorpion Enduro M Hardwall, por exemplo, utiliza o composto SmartGrip Gravity que é macio e aderente, sem perder a capacidade de resistir à abrasão. Além disso, a carcaça Hardwall ajuda tanto na estabilidade quanto na proteção contra furos.

Já o Scorpion Enduro R é um pneu traseiro com cravos médios, criado especificamente para oferecer tração e alto poder de frenagem para bikes de enduro e trail agressivo. Para isso, ele aposta no composto SmartGRIP, que oferece alta aderência no seco e no molhado, e com carcaça de 60 TPI ProWALL, com ótima resistência contra cortes e furos.
4 - Aprenda a usar pedais flat e clip
Aprender a pedalar em diferentes trilhas é fundamental, mas dominar o uso dos pedais de encaixe e também os plataformas também é uma ótima pedida. Até porque, flats e clips funcionam melhor em situações distintas, e esta habilidade pode servir como uma carta na manga.
Em trilhas mais esburacadas, com pedras soltas ou com trechos onde a pedalada faz a diferença, o clip é uma ótima opção para manter seus pés nos pedais, dando mais controle sobre a bike. Por outro lado, trilhas super inclinadas ou em terreno mais liso e com saltos, como as jump-lines de um bike park, o flat é uma opção muito mais segura.
Seja qual for o caso, vale a pena investir em um par de sapatilhas específicas para trail e enduro, já que elas oferecem mais proteção do que uma sapatilha de XC, que tem o baixo peso como um parâmetro importante.

Para pedais flat como o Absolute Prime Flat ou o Absolute Wild Flat, a Giro Latch é uma referência no mercado. Se a ideia é usar pedais de encaixe,basta dizer que a Giro Chamber 2 é um dos modelos mais vencedores no mundo do enduro e do DH.
5 - Suspensões de alto desempenho
Depois dos pneus, as suspensões são as alterações que mais fazem diferença na hora que a trilha aponta para baixo. Por isso, se sua bike de trail e enduro veio equipada com um modelo mais simples, talvez esteja na hora de fazer um upgrade para um conjunto mais avançado como a Zeron 35, a SR Suntour Durolux 36 ou a Durolux 38.

Com hastes de 35mm e opções de 150mm para rodas 27.5 ou 140mm para rodas 29, a Zeron 35 é um garfo de trail e enduro que une alta tecnologia e padrões modernos como espaçamento boost e espiga cônica, a um preço super competitivo, até então inexistente no mercado nacional.
Indicada para uso em trail e enduro, ou até freeride, a linha Durolux da SR Suntour aposta em várias tecnologias patenteadas para oferecer alto desempenho e funcionamento preciso, em diversas condições de trilha.
Já a Durolux 36 tem hastes de 36mm, com curso variando entre 150, 160 e 170 mm. Trata-se de um garfo para trail e enduro de nível intermediário ou avançado, com uma excelente combinação entre peso competitivo, rigidez e desempenho.
Para quem realmente vai abusar, a Durolux 38, com suas hastes de 38mm e curso de 160, 170 ou 180 mm é uma suspensão mais indicada para enduro competitivo ou freeride e para atletas mais avançados, que aceleram nas curvas, pedras e saltos e precisam de um chassis super rígido.
Para a traseira da bike, a Manitou oferece no Brasil o amortecedor Manitou Mara, que aposta em um desenho inteligente para unir dois quesitos fundamentais: amplas opções de ajuste e simplicidade de manutenção.

O modelo tem sistema de compressão IPA com quatro posições de uso, indo do mais solto até o mais travado, e também um sistema de retorno com duplo circuito de óleo, com uma metade ficando responsável pelo retorno de baixa velocidade e pelo ajuste fino, e a outra controlando o retorno de alta velocidade.
6 - Proteja seu investimento com estilo
Venhamos e convenhamos: componentes de bicicleta, principalmente os de enduro, não são as coisas mais baratas do mundo. Por isso, cuidar bem do seu equipamento é fundamental, seja limpando e lubrificando a bike depois de um pedal, seja evitando que ela fique mais suja ou danificada do que o necessário.
Para o primeiro caso, marcas como a Finish Line e a nacional Algoo oferecem linhas realmente completas de produtos de limpeza, desengraxantes, lubrificantes, óleos, graxas e muito mais. Vale a pena visitar o site destes fabricantes para conferir tudo o que eles podem oferecer.
Já para o segundo caso, uma ótima opção é contar com os diversos para-lamas da RSD, que evitam que a lama e os detritos atinjam componentes delicados da suspensão, e também com os excelentes adesivos de proteção da Zéfal, que protegem diferentes partes da bike contra impactos de pedras e outros objetos, e também no bom e velho “resgate” para o topo da trilha - afinal, ninguém é de ferro!
